Caatinga

CAATINGA 15 Preservando, em média, 24.000 pés de umbuzeiros; introduzindo 2.000 novos pés de umbuzeiros; 31 áreas de incremento ambiental e econômico a partir do uso florestal diversificado e não madeireiro da Caatinga; evitar a liberação de 650.000 toneladas de carbono e sequestrar de 65.000 toneladas de carbono da atmosfera. A proposta de Recaatingamento teve início com a observação e preocupação das mulheres das comunidades que se dedicam a coletar frutos na caatinga, preocupadas com a possibilidade de extinção de plantas essenciais para a manutenção de seu modo de vida, a exemplo do Umbuzeiro. As mulheres observavam que as fruteiras estão envelhecidas e que não há plantas novas, havendo, dessa forma, a necessidade de reposição e ampliação das espécies frutíferas. As técnicas desenvolvidas buscam valorizar ainda mais atividades tradicionalmente femininas, como beneficiamento de frutas, quintais produtivos e outras, que eram desvalorizadas frente as atividades masculinas, principalmente a criação de cabras, carneiros e vacas de forma extensiva nos fundos de pasto. O Recaatingamento contribui para o fortalecimento da resiliência climática das comunidades, proporcionando a manutenção da Caatinga em pé, como de fonte de alimento, de renda, de espiritualidades e de identidade cultural. CERSA/CEPFS Transição energética e convivência com o semiárido: energia para o “Bem Viver”! No Sertão da Paraíba, em Maturéia, município com altos níveis de radiação solar, o CERSA – Comitê de Energia Renovável do Semiárido e o CEPFS – Centro de Educação Popular e Formação Social se uniram para implantar uma experiência viável de geração de energia descentralizada, cooperativista e solidária, uma energia sustentável: a Cooperativa de Compartilhamento de Energia Solar Bem Viver. Entre as inovações, apresenta um sistema para recolher água da chuva a partir das placas fotovoltaicas, compreendendo que o convívio com o Semiárido deve visar também a segurança hídrica. O sistema foi montado em 2022 e coletou 16 mil litros de água da chuva, armazenando-os na cisterna. O esforço auxilia a área experimental do CEPFS, que não terá que dividir seus recursos hídricos para o funcionamento da usina. O CEPFS é uma referência de ações para a convivência com o Semiárido na região, especialmente em segurança hídrica e alimentar. Recebe estudantes de escolas locais, dos municípios circunvizinhos e de outros territórios para conhecerem as experiências e assim despertar novas possibilidades

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz