16 Apresentação Desta forma, a obra que se apresenta é fruto deste processo em rede que busca sanar as lacunas reflexivas sobre a correlação entre o meio ambiente e a corrupção na América Latina e no Caribe. Para tal, o primeiro capítulo, escrito por Lisamaría Arroyo (Universidad Rafael Landívar – Guatemala), Raúl Gutiérrez Patiño (Universidad Iberoamericana – México), Juan José Narciso (Universidad Rafael Landívar – Guatemala), Fátima Aracely Peña (Universidad Centro-americana José Simeón Cañas – El Salvador) e Elvin Hernández Rivera (Equipo de Reflexión, Investigación y Comunicación – Honduras), oferece uma percepção geral sobre o fenômeno da corrupção no continente, apresentando os diferentes enfoques pelos quais perpassam os principais estudos neste campo, demostrando efetivamente a complexidade da correlação destes e a temática do meio ambiente. O segundo capítulo do livro, escrito por João Batista Pinto (Escola Superior de Direito Dom Helder Câmara – Brasil) e Juliana Silva (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – Brasil), em vista da complexidade dos fenômenos apresentados anteriormente, dissertam sobre o Estado e a Sociedade Civil enquanto agentes sociais inseridos, em algum grau, no processo das ações ilegais e ilícitas que ocorrem nas estruturas desse sistema econômico global e evocam a necessária transformação social em direção a um paradigma ético solidário para o confronto destes desafios. Na sequência, Isabelle Ribeiro (Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida – Brasil), avança sobre a função dos Estados-Nacionais e da Sociedade Civil a partir das arenas políticas globais que abordam a temática da Governança Ambiental e da Governança Climática, apresentando estratégias que fortalecem a participação popular no combate a corrupção socioambiental. Aprofundando os estudos nesta arena global, no quarto capitulo Valentina Campos Cabral (Universidad Iberoamericana – México), Lelia Imhof (Universidade de Cordoba – Argentina), Karen Eckhardt Rovalino (Universidad Antonio Ruiz de Montoya – Peru) e Meyatzin Velasco Santiago (Centro de Derechos Humanos Miguel Agustín Pro Juárez – México) tratam das relações globais Norte – Sul a partir de uma visão crítica da abordagem convencional sobre mudanças climáticas, propondo uma perspectiva de justiça climática que reconhece as assimetrias e diferenças nas emissões de gases de efeito estufa e seus impactos globais.
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