169 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conclusões A depredação, exploração e poluição aceleradas, quase sem limites, da Natureza vinculado ao fenômeno da corrupção evidenciou a necessidade urgente de se realizar ações contundentes para avançar no caminho da justiça socioambiental. Um caminho que é imperativo em meio à crise planetária associada ao crescimento econômico ilimitado e à privatização da política; que põe em risco a própria sobrevivência das gerações presentes e futuras da vida humana e não humana. Nesse sentido, é necessário ressaltar que o fenômeno de corrupção e impunidade que o caracteriza, acarreta graves consequências socioambientais uma vez que bloqueia ou inibe a criação e implementação de políticas públicas justas, cautelares e redutoras de riscos de desastres, uma vez que a criação de legislação e regulamentação parece ser desenhada de forma a manter o progresso econômico de poucos e às custas da precariedade socioambiental de muitos. Isso é demonstrado quando se observa e se analisa a captura dos Estados latino-americanos e caribenhos para fins privados em detrimento do bem comum, de modo que estes adaptam legislações, administrações e fiscalizações para a execução de megaprojetos em territórios de alta vulnerabilidade social e ecológica. Da mesma forma, grande parte dessa crise decorre das assimetrias presentes no cenário global, com as sociedades mais vulneráveis sofrendo as consequências alarmantes das mudanças climáticas. Portanto, este trabalho não apenas aborda um problema que é composto por diferentes aspectos, mas também abre a análise do combate à corrupção por meio da interdependência entre a justiça socioambiental como manifestação do exercício da boa governança.
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