Medio ambiente y corrupcion en America Latina y el Caribe

69 Isabelle Riberio A governança ambiental e a governança climática são dois conceitos interligados, ainda que distintos, no contexto da gestão e regulamentação de questões ambientais. A governança ambiental abarca a administração e regulamentação de uma ampla gama de desafios e agentes ambientais. Seu alcance vai além das mudanças climáticas, compreendendo um conjunto de políticas e práticas voltadas para assegurar a utilização sustentável dos recursos naturais e a preservação do equilíbrio ecológico (Cavalcanti, 2004). Em contrapartida, a governança climática emerge como um componente essencial da governança ambiental, focalizando especificamente na formulação e implementação de estratégias para lidar com as mudanças climáticas e seus efeitos colaterais. Este subconjunto da governança ambiental se destaca ao direcionar esforços para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, bem como para a adaptação aos impactos inevitáveis decorrentes do aquecimento global. É crucial destacar que a governança climática, enquanto faceta da governança ambiental, está intrinsecamente ligada à urgência de conter o aumento da temperatura global e de limitar os danos ambientais irreversíveis. Portanto, seus esforços primários residem na promoção de políticas e regulamentações destinadas a reduzir as emissões de gases poluentes e a impulsionar a transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Dessa forma, a governança climática se apresenta como uma resposta estratégica e direcionada ao desafio premente das mudanças climáticas, incorporando medidas que visam preservar a integridade ecológica do planeta e proteger os interesses das gerações futuras diante de um contexto de crescente complexidade socioambiental. De acordo com Viola e Franchini (2013), a governança global do clima pode ser definida por dois vetores básicos: poder e compromisso climático. O poder, de acordo com os autores, faz referência ao impacto que determinados atores detêm dos meios de influência social no campo climático, que diz respeito ao impacto tangível que uma determinada ação tem sobre o clima ou no enfrentamento das mudanças climáticas. O segundo compromisso climático diz respeito à dialética entre forças que concebem o problema climático como crise civilizatória (definidos como reformistas) e forças que resistem às transformações necessárias para estabilizar o sistema climático (definidas como conservadoras). A estrutura de governança global do clima é formada por vários elementos, aspectos e dimensões, assim como por diversos atores. Nesta

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