Medio ambiente y corrupcion en America Latina y el Caribe

71 Isabelle Riberio O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em "Mudança do Clima no Brasil: aspectos econômicos, sociais e regulatórios" (2011) afirma que as mudanças climáticas na Terra podem provocar pragas e epidemias, ameaçar a vida em grandes locais com alta taxa de urbanização – como em serviços fundamentais, como abastecimento de água e luz e os sistemas de transporte. O desenvolvimento da agricultura também sofre interferências, principalmente em localidades em que há escassez de água, como o Nordeste, no caso brasileiro. O IPEA demonstra também que diversos dos impactos citados já poderiam acontecer antes de 2050, o que, como consequência, ocasionaria diversos efeitos econômicos. Compreender a natureza e a proporção dos impactos das ações humanas no clima e no meio ambiente são movimentos decisivos para a escolha de políticas estratégicas de combate ao aquecimento global. O que ocorre pelo fato de que a diminuição dos impactos das mudanças climáticas demanda um empenho global e um planejamento detalhado de ações de mitigação e adaptação. Entre os países ainda não há um consenso a respeito da distribuição das ações para frear as transformações no clima, por isso, é fundamental o entendimento da governança climática, que tomam decisões, regulamenta e acompanha a implementação das ações de combate ao aquecimento global (IPEA, 2011). O regime geopolítico internacional do clima tem buscado estabelecer acordos de conciliação entre os interesses de desenvolvimento das nações e as diferentes estratégias de sustentabilidade, focando no objetivo comum de evitar as mudanças climáticas. Os avanços em políticas públicas e governança regulatória tem ocorrido de forma complexa, resultado da pluralidade de posicionamentos políticos e regimes legais vigentes nos diversos países (Observatório do Clima, 2008). Durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada em 1992 no Rio de Janeiro (CNUMAD, ou Rio92), foi adotada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC), da Organização das Nações Unidas (ONU). O acordo internacional, assinado por 192 países, no qual o Brasil também é signatário, determina de modo preciso os objetivos e regras para combate ao aquecimento global. O objetivo final da convenção é "a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático" (CQNUMC, Art. 2). Alega que os

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