Medio ambiente y corrupcion en America Latina y el Caribe

77 Isabelle Riberio 5. A corrupção O aquecimento global figura como um dos maiores desafios econômicos e políticos para a humanidade, conforme apresentado. Abordá-lo eficazmente requer um aprofundado aumento na cooperação dentro do sistema internacional. Nesse contexto, a comunidade global se divide em estratégias de mitigação e adaptação em relação às mudanças climáticas. A mitigação se concentra em combater as causas subjacentes e reduzir ao máximo os potenciais impactos dessas mudanças, enquanto a adaptação trabalha na minimização das consequências negativas já observadas, buscando formas de atenuar os efeitos da crise climática e aproveitar as oportunidades que dela surgem (Ribeiro, 2021). Dentro das medidas de mitigação das mudanças climáticas destacam-se a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a promoção de energias renováveis. Ambas as estratégias envolvem o mercado de carbono e o financiamento climático, que, por sua vez, estão intrinsecamente ligados a custos significativos e revelam um aspecto econômico para conter o avanço das mudanças climáticas. Segundo Luiza Ribeiro (2021), onde fluxos substanciais de recursos transitam por meio de mercados e mecanismos financeiros inovadores, como o mercado de carbono, surge uma preocupação significativa em relação ao risco de corrupção. Portanto, abordar a corrupção é incontornável quando se trata de lidar com a crise climática. Para a Transparency International (2007), uma coligação global anticorrupção, a corrupção em assuntos socioambientais está presente como a exploração indevida do poder conferido a alguém, com o objetivo de obter benefícios privados, resultando em danos ao meio ambiente, enfraquecimento da governança ambiental e injustiça socioambiental. A corrupção é um elemento presente tanto no âmbito público quanto privado que resulta em degradação ambiental, emissão de gases de efeito estufa e violação de direitos, entre outras consequências. E que ela pode influenciar desde a formulação e aplicação de leis, regulamentações e políticas até o funcionamento das instituições e a habilidade do Estado em identificar, investigar e responsabilizar os atores de delitos ambientais. Argumentam ainda que a corrupção tem um impacto direto na eficiência e eficácia dos programas destinados à preservação dos recursos renováveis, ressaltam casos como desmatamento ilegal, pesca excessiva e tráfico de fauna silvestre.

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