133 Thiago Felipe S. Avanci, Alder Thiago Bastos e Sabrina Santos sil de forma impactante no final de 2022, com a finalidade de responder às perguntas de acompanhamento, utilizando o Reinforcement Learning from Human Feedback (RLHF), de modo a seguir os métodos do InstructGPT e, assim, aplicar as instruções em prompt com o objetivo de fornecer uma resposta detalhada. Contudo, cabe ressaltar que tal ferramenta utiliza como base ummodelo de linguagem deep learning (aprendizagem profunda) Dessa forma, esse chatbot tem o poder de formular desde respostas simples a uma petição ou sentença em segundos, bastando apenas que a pessoa formule os questionamentos ou dê os comandos certos, tornando-se uma ferramenta útil aos operadores do direito, desde que o façam com a devida atenção, uma vez esse programa ao se ver sem as respostas certas, formula resultados incorretos e que podem levar um desatento a uma situação desagradável por não identificar o ocorrido, sujeitando-se às consequências negativas da confiança absoluta em uma inteligência artificial. Parafraseando o Dr Frankenstein, “mas esta ferramenta está viva”? Não está! A comunidade científica mantém-se, com razão, cética para descartar qualquer remota possibilidade de uma IA viva e consciente. Aliás, pode-se lembrar daquela história bizarra de abril de 2022, da IA experimental do Google, o LaMDA (um pré-Bard), que afirmou ser consciente e estaria sendo mantido cativo – e o engenheiro da Google responsável pelos testes, teria acreditado. O ChatGPT deu um importante passo para prevenir esse tipo de situação. Perguntado ao ChatGPT: “Você está vivo?” Eis a resposta: “Não, eu sou uma inteligência artificial criada para ajudar a responder perguntas e fornecer informações. Eu não tenho consciência de mim mesmo e não posso ter experiências de forma semelhante a um ser humano.” Esta peça tecnológica coloca a pesquisa acadêmica em xeque, tendo surpreendido a todos por suas facilitações. Os motivos são óbvios: basta digitar uma linha no ChatGPT, indicando o que se pretende, e a ferramenta retorna com um texto pronto Alguns periódicos acadêmicos renomados (como, por exemplo, a Nature) já se posicionaram sobre o tema: os autores podem usar o ChatGPT como referência para seus textos, mas não devem colocá-lo como autor ou coautor dos textos. Aliás, o próprio ChatGPT alerta que ele é fonte de pesquisa secundária que precisa ser validada. A questão é que esta ferramenta gera textos com tanta assertividade que o usuário
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