Inteligencia Artificial para un futuro sostenible: desafíos jurídicos y éticos

27 Haide Maria Hupffer, Adriano Sbaraine e Danielle Paula Martins tistas em relação as consequências imprevistas e indesejadas, bem como oportunidades perdidas (Floridi & Taddeo, 2016). Decisores políticos e cientistas concordam sobre a importância da adoção eticamente responsável de sistemas de IA, algoritmos e Big Data com destaque para que seu desenvolvimento seja centrado no ser humano, que seja seguro, confiável e direcionado ao bem comum. Uma IA confiável e benéfica pressupõe que as premissas éticas sejam consideradas em todo o ciclo de desenvolvimento, implantação e destinação final. Como observado anteriormente, a ampliação da utilização da IA para a sustentabilidade aumenta o volume de dados e, consequentemente, passa a exigir esforços para minimizar o uso de recursos energéticos não sustentáveis e de infraestrutura. Contudo, não se pode negligenciar e atrasar pesquisas para incorporar a IA em estudos de desenvolvimento sustentável, o que significa dizer que a IA pode tanto ser uma ferramenta fundamental para a crise ambiental, como tambémpode ampliar a utilização de recursos naturais e a degradação ambiental. Não há respostas seguras para questões relacionadas a potenciais riscos, oportunidades e barreiras consideradas significativas à sustentabilidade e aos efeitos da IA na sustentabilidade (Kar, Choudhary & Singh, 2022). Na sequência são apresentadas algumas iniciativas importantes que resultaram na elaboração de princípios éticos para a IA. A Conferência de Asilomar, realizada em Asilomar no ano de 2017, reuniu líderes da academia e da indústria para discutir as oportunidades e ameaças criadas pela IA e o papel das lideranças no seu desenvolvimento responsável, sustentável e ético. Os resultados de extensos debates, análises de relatórios e resultados de pesquisas e entrevistas extensivas com os participantes foram reunidos em documento que resultaram em 23 princípios. A construção de cada princípio foi fruto de um processo democrático que contou com o apoio de pelo menos 90% dos participantes. O documento com os 23 princípios foi assinado por pesquisadores, professores, empresários e diretores de empresas que participaram da Conferência (Future of Life Institute, 2017a). Os 23 princípios resultantes da Conferência de Asilomar estão reunidos em torno de três grandes temas: i] questões relacionadas à pesquisa; ii] ética e valores; iii] questões de longo prazo. O tema questões relacionadas à pesquisa agrega cinco princípios, a saber:

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